Eu nunca fui de ninguém... até hoje só fui meu. Há muitas vantagens em ser seu próprio dono. Claro que eu fiquei pasmo quando eu vi aquilo... eu sempre fico pasmo porque geralmente eu sou igual uma criança frente às coisas... fico pasmo. Fiquei umas duas horas ouvindo Beethoven.
Eu sentei ali, vencido e exausto. Fiquei olhando os lábios dela ainda quentes as veias do pescoço, lindas e pulsantes, pulsando. Tristan vencido pela incessante necessidade biológica. Vencido pela urgência do prazer. Eu, sentado ali, enegrecido pelo desejo corrosivo contemplava o áspero prazer da urgência.
- Que cara de bobo é essa Tristan?
- Contemplando...
- Você é o cara mais estranho e adorável que eu conheço.
Ela disse aquilo com um sorriso malicioso e me beijou. Eu só podia era fumar mais um cigarro e me conformar com aquela escassez de sentimentos a mim proporcionada. Fiquei olhando pro corpo e pras formas e tudo que minha reles visão podia observar. Esse era o problema... ficar olhando. Um belo dia você acorda doido. Lembra de tudo que viu e daí em diante a caça pelo alimento começa.
- Blues de novo?
- Paciência.
Compatibilidade química não quer dizer muita coisa, mas eu não ia falar aquilo pra ela depois de fazê-la tremer nos meus braços. Pensei nas outras. Nelas todas e porque eu tinha tantas mas não uma. Pensei também em porque eu nunca tinha nada...mas aí já é outro assunto.
- Você já pensou em algo sério com alguém “Tristanzinho”?
Eu odeio diminutivos! Talvez fosse por isso...diminutivos me assustam. “Tristanzinho”. Que merda! Meu nome nem dá pra formar um diminutivo bacana. Fui tomar um café. “Como você é deplorável Tristan! Profana a carne! Mas a carne adorou...”
- Profano, profano, profano...
- O que você disse?
- Nada.
Profano... não foi nada disso, foi sagrado. Nas noites de calor ou nas tardes chuvosas é sempre importante encontrar uma delas. Eu sou um vampiro com pressa, mas os vampiros mesmo não têm pressa. Ela dormindo ali nem imaginava tudo que passava na minha cabeça. Não imaginava a urgência do seu vampiro, nem imaginava a necessidade que ele tinha de sentir a pele, o cheiro, os lábios... Ela ali deitada, não imaginava que o “Tristanzinho” era um vampiro profano e doido. Só aproveitava, num sono sagrado, o profano e áspero prazer da urgência do seu vampiro corroído pelo desejo.
Eu sentei ali, vencido e exausto. Fiquei olhando os lábios dela ainda quentes as veias do pescoço, lindas e pulsantes, pulsando. Tristan vencido pela incessante necessidade biológica. Vencido pela urgência do prazer. Eu, sentado ali, enegrecido pelo desejo corrosivo contemplava o áspero prazer da urgência.
- Que cara de bobo é essa Tristan?
- Contemplando...
- Você é o cara mais estranho e adorável que eu conheço.
Ela disse aquilo com um sorriso malicioso e me beijou. Eu só podia era fumar mais um cigarro e me conformar com aquela escassez de sentimentos a mim proporcionada. Fiquei olhando pro corpo e pras formas e tudo que minha reles visão podia observar. Esse era o problema... ficar olhando. Um belo dia você acorda doido. Lembra de tudo que viu e daí em diante a caça pelo alimento começa.
- Blues de novo?
- Paciência.
Compatibilidade química não quer dizer muita coisa, mas eu não ia falar aquilo pra ela depois de fazê-la tremer nos meus braços. Pensei nas outras. Nelas todas e porque eu tinha tantas mas não uma. Pensei também em porque eu nunca tinha nada...mas aí já é outro assunto.
- Você já pensou em algo sério com alguém “Tristanzinho”?
Eu odeio diminutivos! Talvez fosse por isso...diminutivos me assustam. “Tristanzinho”. Que merda! Meu nome nem dá pra formar um diminutivo bacana. Fui tomar um café. “Como você é deplorável Tristan! Profana a carne! Mas a carne adorou...”
- Profano, profano, profano...
- O que você disse?
- Nada.
Profano... não foi nada disso, foi sagrado. Nas noites de calor ou nas tardes chuvosas é sempre importante encontrar uma delas. Eu sou um vampiro com pressa, mas os vampiros mesmo não têm pressa. Ela dormindo ali nem imaginava tudo que passava na minha cabeça. Não imaginava a urgência do seu vampiro, nem imaginava a necessidade que ele tinha de sentir a pele, o cheiro, os lábios... Ela ali deitada, não imaginava que o “Tristanzinho” era um vampiro profano e doido. Só aproveitava, num sono sagrado, o profano e áspero prazer da urgência do seu vampiro corroído pelo desejo.
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