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Nota Póstuma



Tristan, o bravo, não pôde escrever aqui porque foi morto em batalha pelo senhor da lógica canibal, porém o nobre Tristan combateu honrosamente e essas foram suas últimas palavras:
“Combati o bom combate...”

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O Bêbado e as Pernas

Errara a mira. Limpou seu vômito na porcelana. A bebida que outrora o fez alegre e manso agora fazia mal e o enjoava. Tomado pelo atordoamento pensou em por o dedo na goela e se desalmar por um breve instante. Quisera a alma fugir daquele corpo sôfrego e bêbado. Os pés e as pernas respingados da alma saída e mal mirada lhe envergonhavam. Mas que tinha a maldita sociedade com isso? Perguntas sem respostas coesas eram seu forte. Os fortes agüentariam até o amanhecer. Mas e ele que não era forte? No seu mundo ciranda, caído na cama pensava nas calças vomitadas jogadas na lavanderia, em quantas palavras a menos poderia usar se achasse as palavras certas e nas moças com pernas exuberantes pelas quais passara um pouco antes de se desalmar. Mas que era ele? Perdedor até pra beber? Até assim, pra isso seria fraco? Tinha algo nos seus pensamentos que o preenchiam. Nem seus vícios mais cretinos arcavam com o ardor do sentimento pulsando nas veias e querendo ser sentido, explorado. No fim das con

Perdido

Carolina...eu vi, eu vi e não quis nem falar, nem chorar, nem mover uma palha e nem te dei um sorriso. Ouvi o sabiá. Não lhe sorri também. Rias tu e ele cantava. Quero que cortem tua boca voluptuosa fora, e que teus cabelos negros e brilhantes caiam todos, quero que emudeçam a tua voz que derreteu meu coração, quero que te cortem o seio, a púbis... Quanto egoísmo da tua parte Carolina! Posto que felicidade é um egoísmo a tua felicidade sem mim é só minha amarga tristeza, o meu ocre não ser... O sabiá cantava meu canto mudo... A proximidade que ele esteve de ti me causa inveja, o teu riso sem mim causa-me dor. Carolina, depois que tu perdeu-te de mim... depois que eu te perdi ... perco-te todas as noites e todas as manhãs, e em todos os sonhos...mas a dor é a mesma.