19/08/06
E Tristan estava bem ali, 19 anos, saudável e antes daquilo feliz, antes da lógica canibal.
- É função ou não é função?! Berrava o senhor da lógica canibal. Um subconjunto dos números reais... e eu nem pensei na lógica daquilo. Assim todo elemento de A tem um único correspondente em B e o término dessa frase era a conclusão de uma definição que provava que aquele bando de desenhos no quadro negro era uma função.
A minha volta havia os comedores de lógica. A lógica canibal que comia a própria lógica. Era quase perfeito embora fosse perfeito. Os comedores de lógica achavam bochechas atraentes, gostavam de cálculo, odiavam o descobrir da lógica, odiavam o além da lógica. A definição... ela era importante. Derivada, função, aquelas caras de “é lógico”, e ali estava o senhor paranóico.
Eu estava do lado da Alice, ela partilhava do mesmo sentimento que eu com relação aquilo tudo: o mal necessário. Realmente nós não achávamos aquilo tudo excitante.
- O que é o infinito?
Gritava o senhor da lógica. A Alice achou os cabelos da moça da frente incríveis.
- Incríveis não?
- Uhum. Concordei fático.
- Será que ela acorda bem cedo pra encaracolá-los?
- Acho que sim.
Incrível... não bonito. Incrível como a incrível aula de cálculo das 7:20 às 9:15, com o Senhor da Lógica Canibal. Alguma observação?
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