Eu falo muito, mas tem coisas que eu não sei dizer. Nem escrever às vezes. Tem certas palavras que inevitavelmente se fazem escrever, outras me fazem oscilar e destroçado o racional eu procuro sem ver. Eu não vejo o poste, os carros, só o vento nos cabelos... rua abaixo predomina a respiração e a decomposição dos meus sentidos. Eu, rua abaixo não sinto o Sol, submerso na cinza, sou tragado a cada sentimento, impossibilidade, pensamento, prisão... Apesar de desconcertada a liberdade passa risonha, voando sob minha cabeça abraçada a uma bola de canhão. A minha cabeça emergida de um peito cujo chão exaurido faz sentir o contrato da saudade com a dor. Ah! Mas eu? Eu nada! Nem tão pouco tudo isso, pois tudo isso são palavras. Eu sou só uma dor, andando sórdido e lento. Entorpecido pelo tempo venho medido pelo passado. Eu, cortado fundo, amado ralo... Eu nem nada, nem sopro, nem poesia, nem palavra.
Neste encontram-se breves histórias, algumas sobre Tristan, um personagem assim... e também outras histórias... quem tiver o interesse, divirta-se, deleite-se.